PODERIA SER MAIS FÁCIL

Durante as décadas de 1980 e 1990 teve início um alarde relacionado a uma suposta ameaça satânica que se instalou nos corações de um grande número de pessoas.

 

Ainda hoje, por trás de cada recém-nascido abandonado em uma lixeira, por trás de cada corpo mutilado pela guerra do narcotráfico, por trás de cada crime sem solução ocorrido em circunstâncias não usuais, não falta quem veja as mãos de seitas satânicas, embora não haja qualquer prova de suas afirmações. Não passa de lenda urbana alimentada pela desinformação, pelo sensacionalismo dos meios de comunicação, pela importação de material cultural norte americano (cinema, televisão, etc.) e pela pregação irracional dos religiosos fanáticos.

 

Basta uma rápida pesquisa na internet para encontrar um grande número de páginas da web abandonadas que em algum momento pertenceram a algum grupo satânico que se extinguiu poucos meses depois do seu nascimento. Em geral, é o afã da experimentação que leva muitas pessoas a flertar com o Satanismo, algo com o que acabam se entediando em pouco tempo logo após cessada a curiosidade inicial.

 

É completamente utópico falar do Satanismo como uma única corrente, filosofia ou religião. Como qualquer outra manifestação religiosa, o Satanismo tem muitas correntes, segmentos e seitas. Tal como existem os católicos e os protestantes, xiítas e sunitas, assim como uma quantidade de grupos menores nas religiões majoritárias, falar do Satanismo como um todo unitário não tem sentido fora de um contexto meramente teórico.

 

Evidentemente, podemos considerar satanista todo aquele que se considere satanista, mas a forma que tem as pessoas de se sentirem satanistas varia de pessoa para pessoa.

 

Por tudo isso lhes digo sempre que o Satanismo Real é um caminho alternativo para quem se identificar com ele e com toda certeza não é o melhor caminho para todos.

 

Se identificar, acreditar e seguir... Não se identificar, não acreditar e não seguir...

 

Simples? Seria simples se algumas pessoas não fossem tão complicadas, limitadas e incapazes de apenas seguir o que acreditam, respeitando a liberdade e o direito de escolha de cada um. Se cuidassem da sua própria construção ao invés de se ocuparem com as tentativas inúteis e patéticas de destruir o que não acreditam.

 

É aquela história do invejoso que não percebe a morte do seu próprio jardim enquanto se debruça no muro amaldiçoando os frutos e as flores que crescem no jardim de seu vizinho.

 

Hail Satã!